segunda-feira, 15 de julho de 2013

Projeto de Intervenção - Beijo no Asfalto

  O projeto
O projeto de intervenção está vinculado a Organização Não Governamental Beijo no Asfalto, que foi criada em 2011, com base nas observações realizadas nos bairros da Lapa, Glória, Largo do Machado, Flamengo e Catete – Rio de Janeiro, com o intuito de despertar e alertar as prostitutas e travestis a respeito das doenças sexualmente transmissíveis (DST), buscando a prevenção e articulando com a rede de saúde.
Atualmente o projeto da ONG procura atender o maior número possível de trabalhadores da noite dessa região, promovendo oficinas de cunho informativo e preventivo, como a de garantia de direitos e prevenção de DSTs, encaminhamento para postos de saúde específicos, distribuição de material, orientação e conscientização quanto ao uso de preservativos e cursos profissionalizantes.
O projeto conta com uma equipe interdisciplinar composta por assistentes sociais, psicólogos, advogados, auxiliares de enfermagem, técnicos administrativos e agentes sociais.
            O programa tem parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Instituto Avon e Instituto Johnson & Johnson, com sede própria no bairro da Lapa, possuindo 1 auditório, 4 salas para atendimento individual e 1 sala para reuniões de grupo.

·         Justificativa

Pouco se faz por esse grupo que está à margem da sociedade, e que não é reconhecido, não tendo acesso a direitos sociais. Fala-se da importância do uso de preservativo, porém não há um trabalho massivo de distribuição, tampouco de conscientização do uso do mesmo, por ser um grupo que sofre preconceito. É de total relevância essa ponte feita através da ONG Beijo no Asfalto entre os trabalhadores da noite e a Secretaria Municipal de Saúde, encaminhando os usuários a postos de saúde e dando-lhes acesso a medicamentos.

Também é de suma importância o trabalho voltado para a garantia de direitos que é realizado através da parceria com a Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos. Porque são pessoas que trabalham numa jornada muitas vezes exaustivas, mas por ser um trabalho estigmatizado e discriminado pela sociedade, esses usuários não conseguem se ver como uma pessoa com direitos.
Contando com a parceria do Instituto Avon e Instituto Johnson & Johnson, tendo em vista um fator de suma importância para as respectivas empresas, o da responsabilidade social, e assim contribuindo para a redução de impostos das mesmas.
Outro fator fundamental para a existência do projeto se dá pelo fato de os trabalhadores da noite terem um alto risco de contrair e transmitir DSTs, fazendo-se necessário um custo elevado ao Estado para o tratamento das mesmas, incluindo medicações como no caso do tratamento contra o vírus do HIV, entre outras. A prevenção e a conscientização além de ser um precioso fator de preservação de vidas é o melhor e mais econômico método de redução das DSTs. Trazendo também uma grande redução de custos para o Estado, pois é muito mais barato e eficaz prevenir do que tratar.
É importante também a opção da busca por outras formas de profissionalização desses trabalhadores, caso seja de seu interesse, garantindo a sua inserção no mercado formal. Apesar de alguns profissionais da noite, exercerem essa profissão por ser de sua vontade, outros só permanecem nesse ramo, por falta de oportunidade no mercado formal de trabalho, somando com o fato de que, o mercado da prostituição é limitado quanto a idade, se fazendo  necessário, muitas vezes, a busca por outras alternativas para a sobrevivência.

    ·         Objetivos


Geral
            Promover a conscientização e a prevenção de DSTs, através de campanhas educativas, distribuição de preservativos e ministração de palestras, diminuindo os riscos de contaminação das prostitutas e travestis e seus respectivos clientes, articulando o trabalho da ONG com o Sistema Público de Saúde.
Facilitar o acesso a esses usuários a postos de saúde e hospitais públicos dando-lhes possibilidade de realizar exames e tratamentos.
Garantir o acesso a medicamentos que se façam necessários, gratuitamente.
Promover a inserção do profissional em outras formas de trabalho através de cursos profissionalizantes, para os que desejarem.
Realizar trabalhos que busquem acabar com o preconceito e estimular a denúncia, nos casos de violência.
Levar garantia de direitos fundamentais e acesso a serviços e programas sociais, entre outros.

Específico
- Articular redes para assegurar a promoção e a defesa dos direitos humanos, tendo em vista a liberdade estabelecida no artigo II contida na Declaração Universal dos Direitos Humanos, em que o Brasil é signatário;
- Quando constatados em casos de denúncias de violência e/ou homofobia a partir das entrevistas sociais, dar encaminhamentos judiciais, juntamente com o advogado da organização;
- Organizar palestras para conscientização de direitos, em parceria com o auxiliar de enfermagem e médicos voluntários que informarão sobre a prevenção de DSTs, ;
- Encaminhamento a postos de saúde;
- Organizar cartilhas;
- Divulgar o projeto, articulado com os agentes sociais, junto à comunidade;
- Buscar redes e profissionais de outras áreas (voluntários) que se disponham a dar cursos profissionalizantes, organizando toda estrutura para que isso aconteça de fato;
·                                         Procedimentos Operacionais
- Orientação dos agentes sociais sobre a garantia de direitos do público alvo; 
- Fazer triagem realizada no período de funcionamento (das 8:00 às 18:00, sendo que, os usuários podem contar com plantões de 24 horas, com revezamento de 12 horas entre os profissionais da ONG) para futuros encaminhamentos para psicologia, serviço social, pro direito e/ou outras redes possíveis;
- Fazer acompanhamento interdisciplinar com relação de caráter horizontal, semanalmente, dependendo da gravidade das demandas;
- Organizar mutirões mensalmente, para que os agentes sociais publicizem os programas para integrar a sociedade civil em prol de uma diminuição de preconceito e exclusão do público alvo;
Organizar mutirões para que os agentes sociais possam apresentar o projeto para o público alvo e distribuam cartilhas com preservativos para uma possível aproximação e inserção no projeto;  2 vezes por semana;


·         Recursos
Materiais
2 Vans;
1 Sede própria com:
2 salas para atendimento de grupo de até 15 pessoas equipadas com 1 computador, materiais para distribuição (camisinhas, cartilhas etc), ar- condicionado ;
1 Auditório com capacidade para 100 pessoas, com 1 computador e 1 projetor;
     4 Salas para atendimento individual com 1 mesa, 3 cadeiras, 1 computador, 1 telefone e 1ar- condicionado;
     1 Sala para reuniões com 1 mesa, 10 cadeiras 1 computador, 1 projetor e 1 ar-condicionado).

     Humanos
     6 Assistentes sociais;
     4 Psicólogos;
     2 Advogados;
     4 Auxiliares de enfermagem;
     4 Técnicos administrativos;
    10 Agentes sociais.



sexta-feira, 12 de julho de 2013

Serviço Social, o que é? Para que serve?

O Serviço Social  é uma profissão interventiva que busca diminuir as disparidades sociais.
Um assistente social atua, através de pesquisas e análises de realidade social, na formulação, execução e avaliação de serviços, programas e políticas sociais que buscam a preservação, defesa e ampliação dos direitos humanos e a justiça social.
O trabalho do assistente social tem como objetivo visar e garantir direitos e assistência para a população desamparada, fazendo isso por meio de políticas sociais, de forma organizada e planejada, lutando contra os problemas das injustiças que podem afetar os desamparados socialmente.
Entre os principais campos de atuação profissional de um assistente social estão:
Redes de serviços sociais do governo
Hospitais
Escolas/creches
Centros de convivência
Administrações municipais, estaduais e federais.
Serviços de proteção judiciária
Conselhos de direitos e de gestão
Movimentos sociais
A profissão é regulamentada no Brasil pelo Conselho Federal de Serviço Social e seus respectivos Conselhos Regionais.
Regularmente são realizados concursos para assistente social para o preenchimento de vagas de emprego em administrações públicas.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Comissão de Educação discute o exercício profissional de assistentes sociais.

        A Comissão de Educação irá discutir, no dia 30/7, às 18h30, o exercício profissional de assistentes sociais com base no documento "Subsídios para atuação de assistentes sociais  na política de educação", lançado pelo conjunto CFESS-CRESS em 2012. Antes, às 17h, a Comissão se reunirá para dar prosseguimento à parte organizativa de suas atividades. Toda categoria está convidada!

Endereço: Rua México, 41. Salas 1202 a 1205. Rio de Janeiro - RJ
Tels: secretaria - (21)3147-8750 / registro e anuidade - (21)3147-8770/ COFI - (21)3147-8760

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Saída de Campo

O trabalho contempla a saída de campo no dia 07 de maio de 2013. O encontro se deu a partir da Praça do Largo do Machado, com itinerário previsto até os arcos da Lapa. Partimos para o destino através da Rua do Catete, Rua da Glória, com intervenção nas Ruas Santo Amaro e Benjamim Constant.
Ainda no Largo do Machado, o grupo decidiu realizar um olhar critico sobre todos os pontos sugeridos pela professora, sem focar em um único e somente no final decidir qual seria o tema do trabalho.
Além da diversidade cultural e histórica da região, o que realmente chamou a atenção do grupo foram à diversidade e quantidade de “trabalhadores da noite“, principalmente ambulantes, bares e restaurantes praticamente lotados.
Outro fator que chamou a atenção foi a grande quantidade de moradores de rua.
Seguindo a Rua da Glória, o grupo percebeu uma grande quantidade de travestis e prostitutas, trabalhando em grande situação de risco, paradas quase na rua aguardando a para de um carro para iniciar o programa.

A partir dessa observação de vulnerabilidade e de diversas demandas sociais, o grupo resolveu desenvolver o trabalho a partir desse tópico.