segunda-feira, 15 de julho de 2013

Projeto de Intervenção - Beijo no Asfalto

  O projeto
O projeto de intervenção está vinculado a Organização Não Governamental Beijo no Asfalto, que foi criada em 2011, com base nas observações realizadas nos bairros da Lapa, Glória, Largo do Machado, Flamengo e Catete – Rio de Janeiro, com o intuito de despertar e alertar as prostitutas e travestis a respeito das doenças sexualmente transmissíveis (DST), buscando a prevenção e articulando com a rede de saúde.
Atualmente o projeto da ONG procura atender o maior número possível de trabalhadores da noite dessa região, promovendo oficinas de cunho informativo e preventivo, como a de garantia de direitos e prevenção de DSTs, encaminhamento para postos de saúde específicos, distribuição de material, orientação e conscientização quanto ao uso de preservativos e cursos profissionalizantes.
O projeto conta com uma equipe interdisciplinar composta por assistentes sociais, psicólogos, advogados, auxiliares de enfermagem, técnicos administrativos e agentes sociais.
            O programa tem parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Instituto Avon e Instituto Johnson & Johnson, com sede própria no bairro da Lapa, possuindo 1 auditório, 4 salas para atendimento individual e 1 sala para reuniões de grupo.

·         Justificativa

Pouco se faz por esse grupo que está à margem da sociedade, e que não é reconhecido, não tendo acesso a direitos sociais. Fala-se da importância do uso de preservativo, porém não há um trabalho massivo de distribuição, tampouco de conscientização do uso do mesmo, por ser um grupo que sofre preconceito. É de total relevância essa ponte feita através da ONG Beijo no Asfalto entre os trabalhadores da noite e a Secretaria Municipal de Saúde, encaminhando os usuários a postos de saúde e dando-lhes acesso a medicamentos.

Também é de suma importância o trabalho voltado para a garantia de direitos que é realizado através da parceria com a Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos. Porque são pessoas que trabalham numa jornada muitas vezes exaustivas, mas por ser um trabalho estigmatizado e discriminado pela sociedade, esses usuários não conseguem se ver como uma pessoa com direitos.
Contando com a parceria do Instituto Avon e Instituto Johnson & Johnson, tendo em vista um fator de suma importância para as respectivas empresas, o da responsabilidade social, e assim contribuindo para a redução de impostos das mesmas.
Outro fator fundamental para a existência do projeto se dá pelo fato de os trabalhadores da noite terem um alto risco de contrair e transmitir DSTs, fazendo-se necessário um custo elevado ao Estado para o tratamento das mesmas, incluindo medicações como no caso do tratamento contra o vírus do HIV, entre outras. A prevenção e a conscientização além de ser um precioso fator de preservação de vidas é o melhor e mais econômico método de redução das DSTs. Trazendo também uma grande redução de custos para o Estado, pois é muito mais barato e eficaz prevenir do que tratar.
É importante também a opção da busca por outras formas de profissionalização desses trabalhadores, caso seja de seu interesse, garantindo a sua inserção no mercado formal. Apesar de alguns profissionais da noite, exercerem essa profissão por ser de sua vontade, outros só permanecem nesse ramo, por falta de oportunidade no mercado formal de trabalho, somando com o fato de que, o mercado da prostituição é limitado quanto a idade, se fazendo  necessário, muitas vezes, a busca por outras alternativas para a sobrevivência.

    ·         Objetivos


Geral
            Promover a conscientização e a prevenção de DSTs, através de campanhas educativas, distribuição de preservativos e ministração de palestras, diminuindo os riscos de contaminação das prostitutas e travestis e seus respectivos clientes, articulando o trabalho da ONG com o Sistema Público de Saúde.
Facilitar o acesso a esses usuários a postos de saúde e hospitais públicos dando-lhes possibilidade de realizar exames e tratamentos.
Garantir o acesso a medicamentos que se façam necessários, gratuitamente.
Promover a inserção do profissional em outras formas de trabalho através de cursos profissionalizantes, para os que desejarem.
Realizar trabalhos que busquem acabar com o preconceito e estimular a denúncia, nos casos de violência.
Levar garantia de direitos fundamentais e acesso a serviços e programas sociais, entre outros.

Específico
- Articular redes para assegurar a promoção e a defesa dos direitos humanos, tendo em vista a liberdade estabelecida no artigo II contida na Declaração Universal dos Direitos Humanos, em que o Brasil é signatário;
- Quando constatados em casos de denúncias de violência e/ou homofobia a partir das entrevistas sociais, dar encaminhamentos judiciais, juntamente com o advogado da organização;
- Organizar palestras para conscientização de direitos, em parceria com o auxiliar de enfermagem e médicos voluntários que informarão sobre a prevenção de DSTs, ;
- Encaminhamento a postos de saúde;
- Organizar cartilhas;
- Divulgar o projeto, articulado com os agentes sociais, junto à comunidade;
- Buscar redes e profissionais de outras áreas (voluntários) que se disponham a dar cursos profissionalizantes, organizando toda estrutura para que isso aconteça de fato;
·                                         Procedimentos Operacionais
- Orientação dos agentes sociais sobre a garantia de direitos do público alvo; 
- Fazer triagem realizada no período de funcionamento (das 8:00 às 18:00, sendo que, os usuários podem contar com plantões de 24 horas, com revezamento de 12 horas entre os profissionais da ONG) para futuros encaminhamentos para psicologia, serviço social, pro direito e/ou outras redes possíveis;
- Fazer acompanhamento interdisciplinar com relação de caráter horizontal, semanalmente, dependendo da gravidade das demandas;
- Organizar mutirões mensalmente, para que os agentes sociais publicizem os programas para integrar a sociedade civil em prol de uma diminuição de preconceito e exclusão do público alvo;
Organizar mutirões para que os agentes sociais possam apresentar o projeto para o público alvo e distribuam cartilhas com preservativos para uma possível aproximação e inserção no projeto;  2 vezes por semana;


·         Recursos
Materiais
2 Vans;
1 Sede própria com:
2 salas para atendimento de grupo de até 15 pessoas equipadas com 1 computador, materiais para distribuição (camisinhas, cartilhas etc), ar- condicionado ;
1 Auditório com capacidade para 100 pessoas, com 1 computador e 1 projetor;
     4 Salas para atendimento individual com 1 mesa, 3 cadeiras, 1 computador, 1 telefone e 1ar- condicionado;
     1 Sala para reuniões com 1 mesa, 10 cadeiras 1 computador, 1 projetor e 1 ar-condicionado).

     Humanos
     6 Assistentes sociais;
     4 Psicólogos;
     2 Advogados;
     4 Auxiliares de enfermagem;
     4 Técnicos administrativos;
    10 Agentes sociais.



sexta-feira, 12 de julho de 2013

Serviço Social, o que é? Para que serve?

O Serviço Social  é uma profissão interventiva que busca diminuir as disparidades sociais.
Um assistente social atua, através de pesquisas e análises de realidade social, na formulação, execução e avaliação de serviços, programas e políticas sociais que buscam a preservação, defesa e ampliação dos direitos humanos e a justiça social.
O trabalho do assistente social tem como objetivo visar e garantir direitos e assistência para a população desamparada, fazendo isso por meio de políticas sociais, de forma organizada e planejada, lutando contra os problemas das injustiças que podem afetar os desamparados socialmente.
Entre os principais campos de atuação profissional de um assistente social estão:
Redes de serviços sociais do governo
Hospitais
Escolas/creches
Centros de convivência
Administrações municipais, estaduais e federais.
Serviços de proteção judiciária
Conselhos de direitos e de gestão
Movimentos sociais
A profissão é regulamentada no Brasil pelo Conselho Federal de Serviço Social e seus respectivos Conselhos Regionais.
Regularmente são realizados concursos para assistente social para o preenchimento de vagas de emprego em administrações públicas.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Comissão de Educação discute o exercício profissional de assistentes sociais.

        A Comissão de Educação irá discutir, no dia 30/7, às 18h30, o exercício profissional de assistentes sociais com base no documento "Subsídios para atuação de assistentes sociais  na política de educação", lançado pelo conjunto CFESS-CRESS em 2012. Antes, às 17h, a Comissão se reunirá para dar prosseguimento à parte organizativa de suas atividades. Toda categoria está convidada!

Endereço: Rua México, 41. Salas 1202 a 1205. Rio de Janeiro - RJ
Tels: secretaria - (21)3147-8750 / registro e anuidade - (21)3147-8770/ COFI - (21)3147-8760

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Saída de Campo

O trabalho contempla a saída de campo no dia 07 de maio de 2013. O encontro se deu a partir da Praça do Largo do Machado, com itinerário previsto até os arcos da Lapa. Partimos para o destino através da Rua do Catete, Rua da Glória, com intervenção nas Ruas Santo Amaro e Benjamim Constant.
Ainda no Largo do Machado, o grupo decidiu realizar um olhar critico sobre todos os pontos sugeridos pela professora, sem focar em um único e somente no final decidir qual seria o tema do trabalho.
Além da diversidade cultural e histórica da região, o que realmente chamou a atenção do grupo foram à diversidade e quantidade de “trabalhadores da noite“, principalmente ambulantes, bares e restaurantes praticamente lotados.
Outro fator que chamou a atenção foi a grande quantidade de moradores de rua.
Seguindo a Rua da Glória, o grupo percebeu uma grande quantidade de travestis e prostitutas, trabalhando em grande situação de risco, paradas quase na rua aguardando a para de um carro para iniciar o programa.

A partir dessa observação de vulnerabilidade e de diversas demandas sociais, o grupo resolveu desenvolver o trabalho a partir desse tópico.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

IX Jornada de Intercâmbio de Trabalhos de Serviço Social na Área da Saúde do Estado do Rio de Janeiro

Servico Social

Serviço Social do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF/UFRJ) está organizando a IX Jornada de Intercâmbio de Trabalhos de Serviço Social na Área da Saúde do Estado do Rio de Janeiro/II Mostra de Trabalhos da Residência Multiprofissional, evento que se realizará no dia28.06, de 8h as 16h30, no Auditório Halley Pacheco - 8º andar do HUCFF.
Inscrição trabalhos científicos:
De 06/05/2013 até o preenchimento total do número de vagas, ou seja, 120 para alunos e 80 para profissionais.
Inscrições: Pelo telefone (21)2562-2567 - de 2ª a 6ª feira, de 8h às 17h ou na Secretaria do Serviço Social.
A Comissão Organizadora da IX Jornada solicita a todos os interessados em participar do evento, que somente efetivem suas respectivas inscrições, se tiverem a certeza da disponibilidade de participação. Colabore conosco, evite o desperdício. Permita que todos tenham acesso às inscrições.
Apresentação de pôsteres
Aqueles que desejarem apresentar pôsteres, inclui-se residentes das diferentes áreas integrantes de Programas de Residência Multiprofissional em Saúde do Estado do Rio de Janeiro, deverão seguir os critérios abaixo:
Categorias:
Relatos de experiência;
Resultados de pesquisa;
Reflexões teóricas.
O resumo do trabalho deverá conter de 15 a 30 linhas, espaço simples, letra arial, tamanho 11, com referências bibliográficas. A folha de rosto deve apresentar as seguintes informações: identificação do autor e co-autores, quando houver, titulação profissional e /ou aluno de graduação, mestrado, doutorado, especialização, instituição, e-mail, telefone e endereço para contato. Indicar quem será o apresentador e o principal e-mail para resposta de aceite, indicar qual será a categoria do pôster. Tamanho do pôster: 90 X 120. Cada autor e/ou co-autor terá direito a certificado, desde que estejam inscritos e presentes no evento, podendo apenas enviar 01 resumo para apreciação.
Atenção: Observe para qual dos dois endereços eletrônicos, mencionados abaixo, seu resumo deverá ser enviado:
1º- 9jornada@gmail.com (trabalhos de Serviço Social)
2º - 2mostrarims@gmail.com (trabalhos multiprofissionais e de outras áreas).
O resumo do trabalho poderá ser enviado de 06.05 a 06.06.2013.
Resposta do aceite: 14/06/2013.
Programação:
8h – 9h: Credenciamento
9h – 9h30: Abertura
José Marcus Raso Eulálio
Diretor Geral do HUCFF/UFRJ
Eliane Pezzuto
Diretora da Divisão de Apoio Assistencial/DAA
Eliza Regina Ambrosio
Chefe do Serviço Social do HUCFF/UFRJ
9h30 – 10h35: Mesa redonda nº 01
"Os Rebatimentos das Atuais Políticas Sociais Públicas para os Trabalhadores da Educação na Saúde"
Palestrantes: Maria de Fátima Siliansky de Andreazzi
Professora Adjunta da UFRJ. Doutora em Saúde Coletiva (UERJ)
Cecília Paiva Neto Cavalcanti
Professora da ESS/UFRJ. Doutora em Serviço Social
Moderadora: Valéria Lucília Forti
Assistente Social, professora, doutora da Faculdade de Serviço Social da UERJ.
Coordenadora da Pós-Graduação da Regional Leste da Associação Brasileira de
Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS)
10h35 – 10h50: Debate
"Visite a II Mostra de Produção Técnico-Científica da Residência Multiprofissional em
Saúde, no Hall do Auditório Halley Pacheco".
10h50 – 12h: Mesa redonda nº 02
"O Serviço Social na Residência Multiprofissional: limites e possibilidades no cenário nacional frente ao contexto de esvaziamento das políticas sociais públicas"
Palestrantes: Marina Monteiro de Castro e Castro
Assistente Social. Professora da Faculdade de Serviço Social/ Universidade
Federal de Juiz de Fora.
Thais Piazza de Melo
Farmacêutica, residente multiprofissional do Programa de Residência Integrada
Multiprofissional em Saúde do HUCFF/UFRJ.
Moderadora: Rita de Cassia Cavalcante Lima
Professora Adjunta da ESS/UFRJ. Doutora em Serviço Social
12h – 12h15: Debate
12h15 – 13h15: Almoço
13h15 – 14h15: Apresentação de trabalhos (sala 08E04)
14h15 – 15h: Mesa redonda nº 03
A Judicialização na Saúde e o Trabalho Profissional
Palestrante: Felipe Dutra Asensi
Advogado. Pós-Doutorado em Direito pela Universidade do Estado do Rio de
Janeiro (FD/UERJ), Coordenador de Publicações da Fundação Getúlio Vargas / FGV Direito Rio.
Moderadora: Josélia Ferreira dos Reis
Assistente Social da Justiça Federal do Rio de Janeiro, mestre em política social pela Universidade Federal Fluminense (UFF) atuando na Seção de Atendimento dos Juizados Especiais Federais. Conselheira do CRESS-RJ, atuando na Comissão Sócio Jurídica e na Comissão Permanente de Ética.
15h – 15h20: Debate
15h20 – 16h: Encerramento
Coordenação: Vania Dias de Oliveira
Assistente social do HUCFF/UFRJ, mestranda em Serviço
Social pela ESS/UFRJ.
16h – 16h30: Coffee Break

terça-feira, 25 de junho de 2013

CFESS se manifesta sobre a aprovação do Projeto de Lei que institui o Ato Médico

O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) vem a público novamente manifestar seu posicionamento contrário ao Projeto de Lei que visa a regulamentar a profissão médica, conhecido como “Ato Médico”, e aprovado pelo Senado Federal no dia 18 de junho.
 
Ressaltamos que o Serviço Social, por meio de suas entidades representativas, jamais se colocou contrário ao direito das profissões de conquistarem sua regulamentação, porém repudiamos o fato de uma profissão cercear o desenvolvimento histórico das atribuições e competências das demais profissões.

Compreendemos que o texto aprovado pelo Senado, se sancionado pela presidente Dilma Roussef, cerceará o livre acesso da população aos/às profissionais de saúde, bem como a autonomia do exercício das demais profissões, inclusive a de assistente social, já que impõe uma hierarquização e uma maior burocratização do acesso aos serviços de saúde, além de não considerar práticas ligadas a outras tradições, como as relacionadas à medicina oriental.

Defendemos o conceito ampliado de saúde, previsto pelo Sistema Único de Saúde (SUS), formulado na histórica VIII Conferencia Nacional de Saúde, fruto de intensas mobilizações, no âmbito do Movimento da Reforma Sanitária Brasileira, e que representou uma conquista social sem precedentes. Em sentido amplo, a saúde é a resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso aos serviços de saúde, somente podendo ser efetivada a partir da intervenção multiprofissional.

A concepção de saúde, inscrita no SUS, procura resgatar a importância da dimensão econômica, social e política na produção da saúde e da doença, contrapondo-se à concepção biomédica, cujo modelo assistencial está centrado no indivíduo, na doença, no hospital e no/a médico/a. O SUS tem como princípios e diretrizes para o sistema de saúde a universalidade, a integralidade, a equidade, a descentralização, a regionalização e a participação social, que só podem ser efetivados por meio de efetivo trabalho multidisciplinar que não se paute pela sobreposição entre as profissões.

Condicionar à autorização dos/as médicos/as o acesso aos serviços de saúde, conforme proposto pelo referido projeto, é retomar um modelo falido de atenção à saúde, centrado no atendimento clínico, individual, medicamentoso e hospitalocêntrico, o qual não encontra respaldo nem nos organismos internacionais de saúde nem na legislação brasileira, e representa um desrespeito com o direito à saúde conquistado pela população brasileira.

Como profissão da área da saúde, reiteramos nosso repúdio à aprovação do Ato Médico e esperamos e reivindicamos o veto da Presidente Dilma Roussef.

Conselho Federal de Serviço Social (CFESS)
Gestão Tempo de Luta e Resistência (2011-2014)

terça-feira, 18 de junho de 2013

17 de Junho de 2013


    Rio de Janeiro, 17 de Junho de 2013
    O Rio de Janeiro para em uma manifestação com mais de 100.000 pessoas nas ruas do centro da cidade.

    Manifestação foi organizada pela Internet, movimento que vem tomando cada vez mais força pelo país.

    Além da redução do valor da passagem a manifestação contou com várias outras demandas, como por exemplo saúde e educação.

    O Prefeito da cidade se pronunciou sobre a manifestação falando que a passagem não vai abaixar e a presidente do Brasil declarou que: "A mensagem direta das ruas é por mais cidadania, por mais escolas, melhores hospitais, direito de participação. Essa mensagem das ruas mostra a exigência de melhorias no transporte a preço justo, e o direito de influir nas decisões de todos os governos. Essa mensagem das ruas é de repúdio à corrupção e ao uso indevido de dinheiro público e comprova o valor intrínseco da democracia, da participação dos cidadãos por seus direitos."  

    Uma luta de muitos para todos, tudo indica que o Brasil, "gigante" como vem sendo chamado,  acordou e a luta apenas começou.


quarta-feira, 5 de junho de 2013

Nova vitória: PL Educação é aprovado por unanimidade em comissão da Câmara.

Mobilização do CFESS com estudantes e profissionais foi fundamental para pressionar parlamentares.

Estudantes de Serviço Social mais uma vez lotaram o plenário da comissão para pressionar parlamentares (fotos: Diogo Adjuto)
 

Que a presença de assistentes sociais e psicólogos/as nas redes básicas de ensino é uma estratégia fundamental ao desenvolvimento da política de educação no Brasil já é comprovado, haja vista a experiência dos diversos municípios que já inseriram esses/as profissionais na área. Nesse sentido, foi com muita articulação e mobilização que o CFESS compareceu hoje a mais uma sessão da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). Com a presença maciça de estudantes e professoras de Serviço Social da Universidade de Brasília (UnB) e do CRESS-DF, mais uma vitória foi conquistada: o Projeto de Lei 3688/2000 (conhecido como PL Educação) foi aprovado por unanimidade na comissão.
A expectativa era grande, diante da última sessão, em que o PL foi à votação e terminou empatado, com 10 votos a favor e 10 contra (clique aqui para relembrar). Assim, a questão foi enviada à Consultoria Jurídica da Câmara, que forneceu alternativas para a resolução do impasse. Por isso, o CFESS, representado pelas conselheiras Alessandra Souza e Ramona Carlos, e pelas assessoras especiais Adriane Dias e Cristina Abreu, se articulou com a relatora do Projeto, deputada Keiko Ota (PSB-SP), e com o Conselho Federal de Psicologia (CFP) para conseguir, dentre as alternativas apresentadas, que o PL fosse submetido a nova votação.
Colocado em pauta, o debate se concentrou novamente na questão do financiamento das medidas para materializar o Projeto de Lei, em caso de aprovação. Deputados da base aliada do governo e representantes da União Nacional dos Dirigentes Municipais da Educação (Undime) voltaram a alegar dificuldades orçamentárias dos estados e municípios para adequação do PL. Devido a isso, em um acordo entre parlamentares presentes, a sessão foi interrompida para que as partes tentassem chegar a um acordo, antes de o Projeto de Lei ser votado novamente.
 

Unanimidade na aprovação
Após o intervalo, ficou definido em consenso entre instituições apoiadoras do PL e parlamentares, que o texto do Projeto, referente à fonte de financiamento seria alterado, de modo a incluir que, além da Educação, os recursos para a adequação dos estados e municípios ao Projeto virão também da Saúde e da Assistência Social. Colocado em votação simbólica, o PL Educação foi aprovado por unanimidade e segue agora para seus dois últimos passos: a tramitação na Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJC) e, após aprovado, no plenário da Câmara dos Deputados.




Representantes de instituições e deputados/as se reuniram para chegar a um acordo sobre o texto do PL

A conselheira do CFESS Alessandra Souza ressalta ser fundamental reiterar que a presença de assistentes sociais e psicólogos/as nas redes básicas de ensino, conforme diz o PL 3688/2000, não significa uma nova despesa, mas um investimento no desenvolvimento da política brasileira de educação. “As equipes multiprofissionais na rede básica só vêm a contribuir para um atendimento integral e de qualidade a todos/as aqueles/as que compõem o processo ensino-aprendizagem, no entendimento de que a educação é um direito social”, destaca.
Ela acrescenta ainda que a mobilização da categoria e de estudantes continuará sendo de extrema importância para pressionar parlamentares, mostrar a necessidade de aprovação desse PL e unir forças para seguir lutando em defesa dos direitos da classe trabalhadora e de toda a sociedade. Os/as estudantes deixaram o plenário da comissão, aos gritos de “a nossa luta, agora, é lá na CC.


Conselho Federal de Serviço Social - CFESS
Gestão Tempo de Luta e Resistência – 2011/2014
Comissão de Comunicação


Diogo Adjuto - JP/DF 7823
Assessoria de Comunicação

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Numa cidade não tão longe daqui...



O filme de Pablo Trapero traz como cenário, a favela que dá nome ao seu filme, “Elefante Branco”, situada em Buenos Aires, que se “ergue”, especificamente, entorno de uma enorme edificação inacabada, local onde, teoricamente, seria construído o maior hospital da América Latina, porém, infelizmente sem maiores surpresas, obra esta, que se encontra completamente abandonada. Visto esse contexto, já se pode observar a conjuntura social que será tratada, abordada de forma nada demagógica, diga-se de passagem, pelo diretor argentino.

Como personagens, os padres Julián (Ricardo Darín), que dedica sua vida sacerdotal à comunidade em questão e Nicolas (Jérémie Renier), recém- resgatado de um conflito ocasionado em uma aldeia dentro da Amazônia peruana, onde provavelmente mantinha um engajamento social, além da assistente social Luciana (Martina Gusman), que já era uma grande aliada do primeiro, em prol da população ali presente. Destacando o conflito interno dos mesmos, o cansaço e a descoberta de uma grave doença que pode dar fim a uma luta ainda aparentemente longe de ser vencida; questões sobre a vocação e o celibato indo de encontro à vontade de constituir uma família, a essa possibilidade de ter uma vida “normal”, que leva pessoas de dentro da instituição a cometerem infrações de regras constituídas na Igreja Católica.

Dentro da favela, como expressões da questão social, uma luta incessante para tirar do papel um projeto de habitação para os moradores locais, uma briga entre duas facções disputando o poder político e, consequentemente, econômico, do local e, um padre, tentando com veemência, apesar de enorme dificuldade, direcionar os adolescentes para outro caminho, que não o mais próximo da realidade deles, o tráfico; tudo isso, nada distante da nossa conhecida realidade. Também deve ser colocado em debate, a influência descrita, ainda que em menor escala nos dias de hoje, da Igreja dentro do Governo, o poder político ainda exercido por esta entidade em países classificados como “laicos” e, até certo grau de um falso moralismo presente em alguns entes superiores na mesma. Obviamente sem esquecer da muito bem sublinhada (visto a realidade do filme que em certas horas, chega a passar uma sensação aos espectadores, de se tratar de um documentário) entrada, sempre da forma mais violenta possível da polícia no território aqui tratado. Sem falar no tão conhecido descaso com que os governantes tratam os, teoricamente, cidadãos, deixando-os completamente desassistidos em qualquer quesito que se possa pensar como fundamental para produção e reprodução de um indivíduo.


Em relação ao trabalho exercido pela assistente social Luciana, observa-se um discurso e principalmente uma prática, beirando o, por hora, ainda não completamente superado, assistencialismo da prática profissional da categoria, exemplificado em, por vezes, ações recorrentes ao fatalismo, como em algumas discussões que são apresentadas em momentos de tensão com os moradores por ela assistidos; em uma falta de movimento, com isso digo, de articulação política, passando uma impressão de que, “espera sentada” a ajuda e uma solução do Governo, como se não tivesse um mínimo de poder influenciável na tentativa de estabelecer redes para qualquer demanda daquela população; e, outrora, enquanto parceira na ação dos padres, recaindo em uma prática messiânica, ao distribuir cestas básicas, fazer o cadastro das pessoas e pensar que somente isso, vai mudar aquela realidade. Deixando claro que, esse serviço burocrático é fundamental para que se inicie uma transformação social, todavia, estacionando na aparência e no imediatismo, quando se dá por satisfeito e não se pensa na essência de todas essas causas e políticas públicas, meios, formas, instrumentos de intervenção para que, de fato, se reverta essa situação, é de se concluir que a prática da assistente social no filme, é tratada ainda de forma conservadora, como o senso comum a construiu, nos levando a crer que ainda temos uma boa luta para a desconstrução dessa visão moralista que nos foi rotulada.



Para finalizar, deixo uma reflexão em forma de música. O sambista, Arlindo Cruz dando voz e interpretando composições de Leandro Sapucay (“Favela”) e, Acyr Marques, Franco e o próprio (“Numa cidade muito longe daqui”).



sexta-feira, 17 de maio de 2013

Decisão do CNJ é comemorada no Dia Internacional contra a Homofobia.


A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), esta semana, de proibir cartórios de todo o País de recusar a celebração de casamento civil de pessoas do mesmo sexo ou de negar a conversão de união estável de homossexuais em casamento, representa um dos principais avanços, nos últimos anos, em relação à garantia de direitos dessa parcela da população.

a avaliação do secretário regional da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Evaldo Amorim, a medida tem que ser comemorada nesta sexta-feira, Dia Internacional contra a Homofobia, porque vai garantir a casais homoafetivos um tratamento jurídico menos desigual e contribuir para um olhar mais legítimo da sociedade sobre esse tipo de união.

"Essa decisão representa a garantia dos direitos de um casal homossexual no mesmo formato de um casal heterossexual. É muito diferente, em contextos variados, dizer que 'vivemos juntos há tantos anos' e falar que 'estamos casados há tantos anos'. O poder instituído vai entender (a situação) de outra forma e a sociedade vai enxergar essa união com mais legitimidade", disse.
Para Amorim, a medida do CNJ complementa decisões anteriores do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou inconstitucional, em maio de 2011, a distinção do tratamento legal às uniões estáveis homoafetivas, e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que julgou não haver obstáculos legais à celebração de casamento de pessoas do mesmo sexo.
Embora encarada como importante avanço pelo Movimento LGBT - Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros - a decisão do CNJ foi criticada por entidades religiosas, como a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Na avaliação da CNBB, uniões de pessoas do mesmo sexo não podem ser equiparadas ao casamento ou à família.
A entidade também acredita que a decisão sobre a questão é de competência do Congresso Nacional e não do CNJ. A resolução também causou polêmica no meio jurídico. A principal crítica é a de que a decisão do STF de 2011 - usada para justificar a medida - não tratava de casamento, mas apenas de união estável.
O secretário da ABGLT ressaltou que, para marcar o Dia Internacional contra a Homofobia, estão programados hoje diversos eventos pelo país, em que os integrantes do Movimento LGBT vão cobrar, principalmente, a criminalização da homofobia. No Distrito Federal (DF), estão previstos para esta tarde ato público e seminário sobre diversidade, ambos na Universidade de Brasília (UnB), além de uma audiência pública para debater o tema no Plenário da Câmara Legislativa do DF.

Levantamento do Grupo Gay da Bahia (GGB), divulgado em janeiro deste ano, aponta que foram registrados no ano passado 338 homicídios de brasileiros homossexuais, incluindo duas transexuais mortas na Itália. Isso representa, segundo a entidade, um assassinato a cada 26 horas, indicando aumento de 27% em relação a 2011, quando houve 266 mortes, e crescimento de 177% nos últimos sete anos.
Conforme o GGB, com esses números, o Brasil permanece no primeiro lugar no ranking mundial de assassinatos homofóbicos, respondendo por mais de 40% do total de execuções em todo o mundo.
Outra estatística, divulgada pela Secretaria de Direitos Humanos (SDH), também em janeiro deste ano, informa que, de janeiro a novembro de 2012, o Disque Direitos Humanos - Disque 100 - serviço telefônico do órgão, recebeu 2.830 denúncias de violência contra a população LGBT, em uma média de oito denúncias por dia.
Embora já considerem o número elevado, entidades ligadas ao tema acreditam que os registros estão muito aquém da realidade, porque não englobam pessoas que não conseguem assumir a sexualidade e que sofrem com a homofobia, nem casos de homicídio em que as famílias não reconhecem que a pessoa morta era LGBT.
"Acreditamos que, com a criminalização da homofobia, será possível diminuir a violência motivada pelo ódio aos homossexuais, o que é inaceitável sob qualquer aspecto", disse Evaldo Amorim.
Na quarta-feira, integrantes do Movimento LGBT participaram da 4ª Marcha Nacional contra a Homofobia na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O protesto também teve a participação de manifestantes de outros grupos, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).




Fonte: http://noticias.terra.com.br/brasil/decisao-do-cnj-e-comemorada-no-dia-internacional-contra-a-homofobia,bdb8781acf2be310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Dia do Assistente Social




Conjunto CFESS-CRESS lança material alusivo ao 15 de maio.

Comemorações do Dia do/a Assistente Social de 2013 têm como tema “Serviço Social na luta contra a exploração do trabalho”

Quando se fala em exploração do trabalho, é comum associar o termo à ausência de direitos trabalhistas e até mesmo ao trabalho escravo. Mas na lógica do capital, a exploração da classe trabalhadora se dá não só da forma escancarada como nos exemplos acima, mas também de forma perniciosa, por meio de discursos que alienam e desmobilizam trabalhadores e trabalhadoras em todo o Brasil.

Esta é a denúncia que o Conjunto CFESS-CRESS traz nas artes que ilustram as comemorações do Dia do/a Assistente Social 2013.

O tema "Serviço Social na luta contra a exploração do trabalho", definido no 41º Encontro Nacional, em 2012, reafirma o compromisso do Conjunto e de assistentes sociais, enquanto trabalhadores e trabalhadoras, com as lutas históricas da classe trabalhadora e contra as ações que procuram inibir, obstaculizar e coibir suas formas de resistência e de organização coletiva. 

Diariamente, assistentes sociais e outras trabalhadoras do Brasil se veem obrigadas a serem "polivalentes", como as instituições empregadoras impõem, com jornadas triplas de trabalho, exercendo múltiplas funções, mas recebendo salários insuficientes para uma vida digna. 

Assistentes sociais e outros trabalhadores brasileiros são chamados de "colaboradores", mas ao final do mês percebem que não receberam nada em troca; que quem lucrou foram somente as pessoas que controlam as instituições empregadoras, ou em uma linguagem mais próxima da classe trabalhadora, o "patronato".

Por isso, o tom da temática do 15 de maio ultrapassa a ideia de comemoração ou de visibilidade ao serviço social no período. Como nos anos anteriores, expressa o posicionamento político de uma categoria que há mais de 30 anos vem defendendo: "chega de exploração". 

"Urge lutarmos contra a exploração do trabalho e por melhores condições e relações de trabalho para a toda a classe trabalhadora e, principalmente, assistentes sociais, que vivenciam entraves e limites institucionais que expressam o modo de agir do Estado nas respostas às expressões da 'questão social', por meio de políticas sociais focalizadas e o modo como os indivíduos são tratados pelo sistema do capital, diante das respostas às suas necessidades e projetos de vida", afirmou a coordenadora da Comissão de Comunicação e presidente do CFESS, Sâmya Ramos. 

Os CRESS e Seccionais em todo o Brasil já estão organizando eventos para as comemorações no mês de maio. Informe-se junto ao seu Regional sobre a programação e participe! 

Vídeo para veiculação em TV aberta e na internet. 


Para saber mais:

Você sabe como se dá a escolha do tema do Dia do/a Assistente Social? É o Encontro Nacional do Conjunto CFESS-CRESS que define, a partir das propostas tiradas nos Encontros Descentralizados de cada região. Vale lembrar que o Encontro Nacional é o maior espaço deliberativo da categoria, pois reúne direção e assistentes sociais de base, que participaram das assembleias regionais em todo o país.