quarta-feira, 8 de maio de 2013

Lanchas no Pará para apoiar serviços de assistência social


Até o fim do ano, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e a Marinha vão repassar mais 90 equipamentos desse tipo para prefeituras da Amazônia Legal e do Pantanal. Ministra Tereza Campello participa da solenidade, em Belém
Brasília, 10 – O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e a Marinha do Brasil entregam, nesta sexta-feira (10), no Pará, 10 lanchas para apoiar a execução de serviços de assistência social, como a busca ativa – estratégia do Plano Brasil Sem Miséria para localizar pessoas extremamente pobres ainda não inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. A ministra Tereza Campello (Desenvolvimento Social e Combate à Fome) participa da solenidade, às 12h, na Base Naval de Val-de-Cães, em Belém.

Até novembro deste ano, o MDS e a Marinha repassarão mais 90 embarcações desse tipo, totalizando 100, a municípios da Amazônia Legal e do Pantanal. Elas vão transportar equipes volantes dos Centros de Referência da Assistência Social (Cras).

Nos primeiros 10 municípios a receberem as lanchas foram identificadas cerca de 9,2 mil famílias ribeirinhas e extrativistas ainda não inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais. Esse público tem o perfil necessário para ser beneficiado pelo Programa Bolsa Verde, do Plano Brasil Sem Miséria. O Bolsa Verde atende famílias que desenvolvem atividades de manejo sustentável dos recursos naturais.

Com as lanchas, as equipes volantes que já atuam na região ampliarão o atendimento à população ribeirinha. Os profissionais de assistência social oferecerão todos os serviços socioassistenciais dos Cras: identificação de situações de vulnerabilidade e risco social, acolhida, reuniões com as famílias, visitas domiciliares, atendimentos particularizados e em grupo, ações comunitárias, encaminhamentos e articulações com outras políticas para atender a população.

A identificação e atendimento das vítimas de escalpelamento (perda total ou parcial do couro cabeludo) deve ser uma das ações das equipes volantes de assistência social no Pará. A falta da tampa no motor, no eixo e na hélice dos barcos provoca o escalpelamento, deixando sequelas físicas e emocionais. Desde 2012, foram identificadas cerca de 160 vítimas desse tipo de acidente no estado.


Busca ativa – “Com as lanchas, faremos um acompanhamento mais sistematizado dos usuários do Suas [Sistema Único de Assistência Social], levando todos os serviços da rede e garantindo continuidade no acompanhamento das famílias”, destaca a secretária nacional de Assistência Social em exercício, Valéria Gonelli. “As equipes volantes usarão os equipamentos para chegar aos locais mais remotos, onde vive a chamada população invisível, ainda não incluída nas políticas públicas. O objetivo da busca ativa é levar essas políticas a todos os cidadãos.”


Cada lancha da assistência social tem capacidade para transportar até 12 pessoas, sendo dois tripulantes. Pelo acordo de cooperação, o MDS transferiu R$ 23,1 milhões à Marinha, responsável pela construção das 100 embarcações, além do fretamento do equipamento até o município beneficiado e do treinamento dos pilotos das lanchas. Os equipamentos foram construídos na Base Naval de Val-de-Cães, em Belém. 

Após a assinatura do termo de entrega, o MDS fará o repasse de R$ 7 mil mensais a cada uma das prefeituras que receberão as lanchas. Esse recurso poderá ser usado na manutenção das lanchas, compra de combustível e contratação de pessoal.

Os primeiros municípios paraenses a receberem as embarcações são Marabá, Viseu, Igarapé-Miri, Moju, Oriximiná, Afuá, Óbidos, Melgaço, Gurupá e Curralinho.



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